Foi no dia 11 de Setembro que alguns elementos da nossa turma foram at
é ao Parque de São Pedro de Avioso na Maia participar no IV Convívio Nacional de Surdos.
Temos a que salientar que praticamente todas as pessoas que serão referidas são surdas e que foi um prazer passar o dia com elas…Quando chagamos estávamos um pouco tímidas como é normal, não conhecíamos ninguém, mas um rapaz, o Roberto (o animador do evento) foi super simpático e convidou-nos para ir jogar volei. Lá conhecemos algumas pessoas um pouco mais velhas e um rapaz autista, o Ricardo, inteiramente espectacular, e todos receberam-nos muito bem. Gesto puxa gesto, e já nem sabíamos se
estávamos a jogar vole
i ou a gozar/brincar uns com os outros, mas o que é certo é que, depois de passarmos muito tempo a jogar, a fome já apertava…
Como o tempo estava agradável fomos nos sentar na relva, perto do lago com o Roberto, com um senhor que se chamava Mário e com mais dois rapazes que conhecemos depois, o Josémi (espanhol) e o Marcos. Falávamos mais do que comíamos, como alguns elementos do grupo não sabia Língua Gestual, a
hora de almoço também
serviu um pouco para lhes ensinarmos alguns gestos básicos e aprendemos que o gesto de FALAR cá em Portugal quer dizer BOA TARDE na Espanha.
Mas depois de um belo almoço e dum cafezinho todos juntos, onde podemos aprender e partilhar muitas coisas, nada melhor que uns joguinhos á tarde para desmoer.
Temos a que salientar que praticamente todas as pessoas que serão referidas são surdas e que foi um prazer passar o dia com elas…Quando chagamos estávamos um pouco tímidas como é normal, não conhecíamos ninguém, mas um rapaz, o Roberto (o animador do evento) foi super simpático e convidou-nos para ir jogar volei. Lá conhecemos algumas pessoas um pouco mais velhas e um rapaz autista, o Ricardo, inteiramente espectacular, e todos receberam-nos muito bem. Gesto puxa gesto, e já nem sabíamos se
Como o tempo estava agradável fomos nos sentar na relva, perto do lago com o Roberto, com um senhor que se chamava Mário e com mais dois rapazes que conhecemos depois, o Josémi (espanhol) e o Marcos. Falávamos mais do que comíamos, como alguns elementos do grupo não sabia Língua Gestual, a
Mas depois de um belo almoço e dum cafezinho todos juntos, onde podemos aprender e partilhar muitas coisas, nada melhor que uns joguinhos á tarde para desmoer.
Quando voltamos ao “recinto” do convívio, assistimos aos seniores a jogar á malha, o Ricardo ensinou-nos um jogo que consistia em atirar uma pinha contra uma pilha de latas, mas ninguém prestava e ele era o melhor, fizemos grupos para jogar á corrida do saco que foi super divertida e depois, para toque final, fomos ao jogo da corda.
Tudo ao molho e fé em Deus, se tu puxas eu também puxo, e foi assim que a coisa de deu, o Roberto dizia e gestualizava 1, 2, 3, e ficamos espantadas quando começou tudo a puxar, cada grupo para seu lado, todos a fazer força e um enorme esforço porque todos queriam ganhar e não se ouvia um grito, mas quando um dos grupos ganhava sentia-se a alegria de terem ganho.
A euforia, os gritos, os berros que estávamos habituadas a ouvir quando alguém ganha algo foi banalizada a partir do momento em que nos apercebemos de que aquela felicidade que nós ouvintes temos a necessidade de exprimir gritando e fazendo “um circo completo”, pode ser substituída por um festejo, ainda assim com muita alegria e muita felicidade, mas pode ser expressa apenas por um sorriso, pelo facto de saltarmos com as mãos para cima e não soltar um som. Os sentimentos são iguais, as formas de os exprimir podem ser diferentes mas a maneira como vemos as coisas pode mudar.
Tudo ao molho e fé em Deus, se tu puxas eu também puxo, e foi assim que a coisa de deu, o Roberto dizia e gestualizava 1, 2, 3, e ficamos espantadas quando começou tudo a puxar, cada grupo para seu lado, todos a fazer força e um enorme esforço porque todos queriam ganhar e não se ouvia um grito, mas quando um dos grupos ganhava sentia-se a alegria de terem ganho.
A euforia, os gritos, os berros que estávamos habituadas a ouvir quando alguém ganha algo foi banalizada a partir do momento em que nos apercebemos de que aquela felicidade que nós ouvintes temos a necessidade de exprimir gritando e fazendo “um circo completo”, pode ser substituída por um festejo, ainda assim com muita alegria e muita felicidade, mas pode ser expressa apenas por um sorriso, pelo facto de saltarmos com as mãos para cima e não soltar um som. Os sentimentos são iguais, as formas de os exprimir podem ser diferentes mas a maneira como vemos as coisas pode mudar.
Durante o dia todo, “a zona do bar” (uma área improvisada para serviços alimentares) serviu de abrigo para os mais idosos confraternizarem e para as mães com crianças pequeninas descansarem um pouco.
O resto de tarde foi passada junto ao lago, alguns mantiveram-se no volei, houve, durante o jogo da corda, algumas entrevistas da Surdos TV.
O resto de tarde foi passada junto ao lago, alguns mantiveram-se no volei, houve, durante o jogo da corda, algumas entrevistas da Surdos TV.
Resumindo, esta experiência foi única, foi a primeira vez que nos sentimos minimamente integrados num evento destes e é daquelas coisas que vivemos e aconselhamos.
< Jogo da Corda (video)
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